Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), estabelecido em 2010, deve oferecer internet de 1Mbps por R$ 35.
A Internet no Brasil poderá mudar (muito) a partir do final deste mês. Principalmente, se as promessas do Ministério das Comunicações realmente derem certo. O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) começa a sair do papel e o primeiro município a recebê-lo será Santo Antônio do Descoberto, no estado de Goiás, a cerca de 50 km da capital federal.
O primeiro provedor do país a aderir ao plano é o grupo Sadnet, que fechou contrato com a Telebrás. A data inicial está prevista para o próximo dia 23. Ainda não há confirmação do governo, porém haverá um evento nesta data com a presença do ministro Paulo Bernardo e do presidente da Telebrás, Caio Bonilha.
Mas nem tudo são flores em Santo Antônio do Descoberto, para não estar "descoberto" no plano, o cidadão terá que comprar um pequeno aparelho, que é a chamada estação receptora, com custo médio de R$ 300. Além dos já citados R$35 mensais.
PNBL pode mudar a vida dos brasileiros. Se sair do papel
Alta Velocidade?
A velocidade da conexão ainda é uma incógnita. O certo é que ela deve variar de acordo com cada cidade. Isto irá acontecer pois o uso a redes sem fio (WiFi ou outro método) fará com que haja perda de velocidade. É o que afirma o técnico em informática, Filipe Valladão. "Não dá para comparar a velocidade da rede WiFi, em igualdade de condições, com uma rede de ligação física. Sempre há alguma perda no valor nominal do plano", afirma.
De qualquer forma, a Telebrás exigirá dos provedores que seja entregue, pelo menos, 20% da velocidade de 1Mbps. Além da Sadnet, outras empresas próximas a capital federal irão aderir ao PNBL, como por exemplo a Logtel. Esta última deve atender os municípios de Samambaia e Recanto das Emas, cidades que fazem parte do "pacote" das 100 primeiras contempladas no país.
Na primeira fase, oito cidades da região central do país terão o PNBL. A Telebrás instalou mais de 35 mil quilômetros em fibra ótica em conjunto com a Eletrobras, Furnas, Petrobrás, entre outras. A ideia é de que até o final de 2011, 300 cidades brasileiras terão a banda larga popular. Um enorme avanço, mas, como o plano está atrasado, a ordem é correr porque a Copa 2014 vem aí...
PNBL - Verba = Atraso
O presidente da Telebrás, Caio Bonilha, afirmou que o corte de verbas de R$ 1 bi para R$ 350 milhões foi responsável pelo atraso. Polêmicas à parte, o importante é que o Plano Nacional de Banda Larga pode sim, mudar a vida dos brasileiros. É o que acredita Donizetti da Costa, Diretor de TI da Prefeitura de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Para ele, o avanço será visível para a população que utiliza internet discada e mesmo para a quem adquiriu planos convencionais mas não está satisfeito.
"Apesar de todo o atraso e das dificuldades que um plano desse tem e terá, sem dúvida, para muitas pessoas será uma grande diferença ter acesso à internet rápida, por um preço acessível", afirma. Donizetti faz parte do grupo de empresários e especialistas que se reunirá nesta semana com o presidente da Telebrás, em Campinas. A pauta do encontro, que terá também a presença de consultores da Anatel, é apresentar o estágio atual do PNBL.
Donizetti da Costa, Diretor de TI da Prefeitura de Taboão da Serra, acredita no PNBL
Nos discursos das operadoras há sempre a afirmação de que é difícil entreguar o valor nominal dos planos. O principal entrave seriam "fatores externos", dentre eles, a falta de investimentos em infra estrutura da área. Com o PNBL, tudo isso virá à tona e poderá significar uma grande mudança, já que estamos nos aproximando de grandes eventos internacionais a serem realizados no país. O que exigirá esforço para garantir a qualidade na transmissão de dados via rede.
Colaboração Agência Brasil